cover
Tocando Agora:

Tipos de rosácea: quando a vermelhidão não passa

Crédito: Adobe Stock Sabe aquela sensação de que o rosto está sempre quente, avermelhado, sensível e, às vezes, com bolinhas que parecem acne? Se isso ac...

Tipos de rosácea: quando a vermelhidão não passa
Tipos de rosácea: quando a vermelhidão não passa (Foto: Reprodução)

Crédito: Adobe Stock Sabe aquela sensação de que o rosto está sempre quente, avermelhado, sensível e, às vezes, com bolinhas que parecem acne? Se isso acontece com frequência e piora com exposição ao sol, ao calor ou até com bebidas alcoólicas, vale investigar com atenção. Pode não ser apenas “pele reativa”, pode ser rosácea. A rosácea é uma condição inflamatória crônica da pele, mais comum do que parece. E embora ela afete mais o rosto, especialmente as bochechas, nariz, testa e queixo, o impacto vai além da pele: mexe com a autoestima e até com a vida social de quem convive com o problema. Conhecer os tipos de rosácea é o primeiro passo para entender o que está acontecendo e buscar o tratamento certo, que pode variar bastante de pessoa para pessoa. Quais os tipos de rosácea mais comuns? Sim, existem subtipos de rosácea. Nem toda vermelhidão é igual, e nem toda rosácea apresenta pústulas ou vasos visíveis. Por isso, o diagnóstico correto faz tanta diferença. Para a farmacêutica responsável pela Rede Drogal, Eliane Messias, “identificar o tipo de rosácea é importante para escolher o tratamento certo. Cada caso exige um cuidado específico com a pele”. A seguir, explicaremos os principais tipos e como eles costumam se manifestar: Rosácea eritema-telangiectásico É o tipo mais comum e o que muita gente associa à "bochecha sempre vermelha". A pele fica avermelhada com frequência, principalmente após exposição ao sol, bebidas quentes, comidas picantes ou mudanças de temperatura. Com o tempo, surgem pequenos vasinhos visíveis na superfície da pele (as chamadas telangiectasias). Rosácea papulopustulosa Nesse caso, além da vermelhidão, aparecem pápulas e pústulas, que são pequenas bolinhas vermelhas ou com pus, que lembram acne. Por isso, muitas pessoas confundem com espinhas, mas o tratamento é bem diferente. Essa forma pode causar sensibilidade intensa e piorar em períodos de estresse ou calor. Rosácea fimatosa Mais rara, essa forma provoca espessamento da pele e pode deixar o nariz com aspecto inchado e irregular (conhecido como rinofima). É mais comum em homens e pode causar desconforto estético e respiratório. É um tipo que costuma evoluir ao longo do tempo, se não for tratado. Rosácea ocular Afeta os olhos e pode aparecer sozinha ou junto com outras formas de rosácea. Os sintomas incluem olhos vermelhos, sensação de areia, ardência, coceira e sensibilidade à luz. Em alguns casos, compromete a visão, e por isso precisa ser tratada com bastante atenção. Cada um desses quadros exige acompanhamento dermatológico e uma rotina de cuidados específicos. Um bom início é contar com dermocosméticos próprios para o rosto, que ajudam a reduzir a sensibilidade e fortalecer a barreira da pele. O que causa a rosácea? A verdade é que a ciência ainda não descobriu uma causa única. O que se sabe é que existe uma combinação de fatores genéticos, inflamatórios e vasculares. Ou seja, a rosácea pode surgir porque sua pele já tem uma predisposição, e os vasos sanguíneos mais superficiais reagem de forma exagerada a estímulos. Também há indícios de que o ácaro Demodex folliculorum, presente naturalmente na pele, pode estar mais ativo em quem tem rosácea, gerando inflamações. Fatores hormonais, alterações no sistema imunológico, microbiota da pele e até questões emocionais (como estresse e ansiedade) podem agravar o quadro. Não há uma única explicação, mas há padrões que ajudam a entender o que piora a rosácea. O que piora os sintomas da rosácea? Quem tem rosácea sabe: existem gatilhos que parecem “acender” a pele do nada. Alguns dos mais comuns incluem: Exposição solar intensa; Bebidas alcoólicas (especialmente vinho tinto); Comidas apimentadas ou muito quentes; Mudanças bruscas de temperatura; Banhos muito quentes; Estresse emocional; Uso de cosméticos inadequados; Exercícios físicos de alta intensidade; Corticoides tópicos (usados sem prescrição médica). Por isso, além de tratar, é importante identificar o que piora sua rosácea. Manter um diário pode ajudar bastante a descobrir padrões. Também é importante lembrar que a rotina de cuidados deve ser constante. Produtos como o Rozex, por exemplo, são indicados para ajudar no controle da inflamação e da vermelhidão, mas sempre com orientação médica. Tem tratamento? Dá pra conviver bem com a rosácea? A boa notícia é que sim, dá pra viver com rosácea e manter a pele mais calma, mesmo sabendo que não existe uma “cura definitiva”. O tratamento tem como objetivo controlar os sintomas, reduzir as crises e melhorar a qualidade de vida de quem convive com a condição. O dermatologista pode indicar: Cremes e géis com substâncias anti-inflamatórias e calmantes; Antibióticos tópicos ou orais, dependendo da gravidade; Terapias com laser para tratar vasinhos; Cuidados diários com produtos específicos para pele sensível; Protetor solar de uso obrigatório, mesmo em dias nublados. A pele com rosácea precisa de atenção redobrada na escolha dos produtos. Nada de esfoliantes abrasivos, sabonetes com álcool ou tônicos adstringentes. O ideal é apostar em dermocosméticos suaves e hidratantes que fortalecem a barreira cutânea e evitem reações. Crédito: Adobe Stock O que não fazer em hipótese alguma A tentação de usar qualquer produto “milagroso” é grande, mas a pele com rosácea não perdoa erros. Automedicação e uso de cosméticos errados podem piorar, e muito, os sintomas. Mesmo aquele creme que “funciona com todo mundo” pode causar ardência, descamação e até infecções na pele sensível. Por isso, nada de testar por conta própria. Tudo o que você usa no rosto precisa ser indicado por um profissional que conheça seu tipo de pele e seu histórico. Dicas práticas para quem tem rosácea Evite o sol direto no rosto. Chapéu e óculos escuros são aliados. Use protetor solar com FPS 30 ou mais, próprio para peles sensíveis. Higienize o rosto com sabonetes suaves, de preferência sem perfume. Hidrate a pele todos os dias, mesmo se ela for oleosa. Fuja dos gatilhos que você já identificou como problema (comida, calor, álcool). Evite maquiagem pesada e dê preferência aos produtos hipoalergênicos. Nada de água quente no rosto! Prefira sempre a temperatura morna ou fria. Consulte o dermatologista regularmente. Isso muda o jogo. Rosácea não é frescura nem "pele sensível demais". É uma condição crônica que precisa de cuidado real. Cuidar da pele é também uma forma de cuidar da autoestima e da saúde. Quando você entende como sua pele funciona, fica mais fácil viver bem com ela, vermelhidão ou não. Farmacêutica responsável Eliane Messias Rodrigues - CRF ativo: CRF/SP 43.895 Veja como cuidar da sua pele no inverno com dicas práticas de skin care